Hoje em dia dirigir é muito mais complexo do que antigamente, pois não exigiam dos candidatos um conhecimento teórico e prático como atualmente.
Culturalmente as pessoas aprendiam a dirigir com o pai, irmãos, tios, amigos ou de outra forma muito conhecida: na coragem – “olha, vai pela direita... vai da um friozinho na barriga, mas daqui a pouco passa e quando você menos esperar estará dirigindo!” – e, muitas vezes as pessoas achavam que o fenômeno que se manifesta em pensar em dirigir é besteira, pois é invisível.
Havia nas famílias um carro para cada 4 pessoas ou mais, sendo que apenas uma pessoa detinha o Poder, o dono do carro, o “Coronel”. Este dirigia e ditava o que era certo ou errado em sua visão de trânsito.
Depois, com o tempo, foram criadas as Autoescolas (até a escrita mudou, o hífen caiu!) que, mesmo havendo, não eram obrigatórias para se habilitar, mas já atendiam muitas pessoas.
A partir de 1997, tornou-se obrigatório passar por uma bateria de aulas teóricas e práticas nos Centro de Formação para Condutores, e então prestar o exame de prática veicular.
Mas, mesmo com esta evolução das normativas, o que ainda é um conhecimento vago, não direcionado e uma educação não continuada, o que mudou no mundo, mas não nas pessoas, as quais ainda nos tempos de hoje, vivem o “mito das famílias”, o “mito das cavernas”. Então, por mais que uma pessoa conviva no trânsito todos os dias, nunca deteremos um conhecimento pleno sobre o fenômeno trânsito, pois ele é mutante, mutável!
(Luciano Amado)
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